O corpo de Robson Santos Oliveira, 23 anos, será levado pela tarde para Gandu, onde será enterrado
 |
|---|
(Foto: Reprodução)
|
A morte do cobrador Robson Santos Oliveira, 23 anos, na noite desta quarta-feira (14), foi motivada por ciúmes, segundo familiares. Ele foi morto com cinco tiros dentro do micro-ônibus que trabalhava, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana, por volta das 19h. De acordo com um familiar, o suspeito acusou o rodoviário de ter um caso com a mulher dele.
Segundo o presidente da Cooperlotação, Domingos Júnior, o crime aconteceu dentro do coletivo que fazia a linha Itinga-Praia do Flamengo. O suspeito entrou no veículo na Praia do Flamengo, mas só fez a abordagem quando chegou no final de linha do Parque São Paulo.
Ainda de acordo com Domingos, havia poucos passageiros dentro do micro-ônibus, que foram obrigados a descer. O motorista e o cobrador estavam sentados na parte da frente no veículo. "Ele [suspeito] disse: 'você estava mexendo com minha mulher', mandou abaixar a cabeça e atirou no cobrador", disse Domingos.
Segundo um familiar da vítima, antes de ser morto, Robson tentou argumentar que não sabia que a mulher tinha um companheiro e que ele acreditava que ela fosse solteira. Mas Robson foi obrigado a se debruçar no painel, junto com o motorista, e foi executado com cinco disparos. Nenhum tiro atingiu o condutor do coletivo.
Segundo o presidente da Cooperlotação, Domingos Júnior, o crime aconteceu dentro do coletivo que fazia a linha Itinga-Praia do Flamengo. O suspeito entrou no veículo na Praia do Flamengo, mas só fez a abordagem quando chegou no final de linha do Parque São Paulo.
Ainda de acordo com Domingos, havia poucos passageiros dentro do micro-ônibus, que foram obrigados a descer. O motorista e o cobrador estavam sentados na parte da frente no veículo. "Ele [suspeito] disse: 'você estava mexendo com minha mulher', mandou abaixar a cabeça e atirou no cobrador", disse Domingos.
Segundo um familiar da vítima, antes de ser morto, Robson tentou argumentar que não sabia que a mulher tinha um companheiro e que ele acreditava que ela fosse solteira. Mas Robson foi obrigado a se debruçar no painel, junto com o motorista, e foi executado com cinco disparos. Nenhum tiro atingiu o condutor do coletivo.
 |
|---|
Cobrador foi executado com cinco tiros dentro do micro-ônibus (Foto: Amanda Palma/CORREIO)
|
“Parece que ele estava namorando com ela há pouco tempo, e não sabia que ela tinha envolvimento com nada, nem ninguém”, contou o parente. Ainda de acordo com ele, Robson não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “Era uma pessoa do bem, só se importava com o trabalho”, disse.
Antes de fugir a pé, o suspeito roubou R$ 800 coletado durante as viagens e os celulares dos rodoviários. O motorista do micro-ônibus chegou a socorrer o colega para o Hospital Menandro de Farias, mas ele já chegou morto na emergência.
O corpo de Robson foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador, e será liberado pela tarde para os familiares. Ele será enterrado em Gandu. O motorista do coletivo ainda não foi ouvido pela polícia.
Segundo Domingos Júnior, ele estava no primeiro dia de trabalho quando presenciou a morte do colega. O veículo foi levado para o pátio da 27ª Delegacia, em Itinga, onde passou por perícia. O caso está sendo investigado como latrocínio - roubo seguido de morte - pela delegada Elaine Laranjeiras. A polícia ainda não tem pistas sobre o suspeito do crime.
Assaltos
Os rodoviários dos micro-ônibus reclamam dos casos de violência durante o trabalho. Segundo Domingos Junior, são cerca de seis assaltos por dia nos ônibus da frota, composta por 120 veículos. “Todos os dias eles chegam aqui contando que foram assaltos. É demais”, afirma o presidente da cooperativa.
Entre os locais mais perigosos está a Avenida Dorival Caymmi. “Eles chegam a assaltar um ônibus, descer, atravessar a rua e assaltar outro”, completa Domingos. Ele pretende enviar ofícios para a Polícia Militar para pedir apoio.
Um ex-motorista, que não quis se identificar, conta que pediu para deixar a função após ser assaltado diversas vezes. “Já me levaram para o CIA, Coqueirinho, Bairro da Paz. Aí pedi para sair, não dava mais não”, contou. Durante a manhã desta quinta, os micro-ônibus em Lauro de Freitas circularam com a palavra “luto” inscrita no para-brisas.
